Oh Datena, varão de voz potente,
Que brada as novas com tanto fervor,
Mas tropeça feio, pobre imprudente,
Na geografia, mostrou-se um terror!
Diz Rondônia ser cidade escondida,
No extremo norte, quase a se perder,
Fronteira com Suriname, que lida!
Próxima à Venezuela? Faz-me entender!
Mas ergue-se altiva, Porto Velho a brilhar,
Com suas Três Caixas d’Água a contemplar.
De ferro forjadas, vindas de além-mar,
Na Praça Rondon, estão a encantar.
Obra da Chicago Bridge, firme estrutura,
Guardando mil histórias de suor e bravura.
Testemunhas do tempo, da estrada de ferro,
São prova de um povo que vence o desterro.
Ah, se Datena lá pousasse os pés,
Veria que o norte não é tão confuso!
Mas ao que parece, em seus próprios papéis,
Confunde-se mais que mapa sem uso.
E se em Marçal já deu cadeirada,
Por bravata em disputa tão acirrada,
Por faltar à aula ou nela cochilar,
Merece outra cadeira… pra se assentar e estudar!