A ignorância tanto contribui para superlotar prisões quanto hospitais.
Levei minha filha para passear na praça e próximo desta há uma sorveteria com uma parque infantil de diversões. Primeiramente, ela se divertiu no parque e depois quis sorvete. Lavei as mãos e ia servir quando vi que um pré-adolescente pôs uma luva na mão esquerda. Segui o exemplo, pois já ia servir sem a luva. Atentei que com a mão direita sem a luva o pré-adolescente servia o sorvete. Eu comentei que ele se confundiu e acabou se servindo com a mão sem a luva. (ele concordou). O pai indignado e com arrogância perguntou do filho o que tinha ocorrido e disse-me que ele iria fazer do jeito que quisesse. Eu lhe disse que não agi com ignorância e tampouco quis reprender o filho dele. Ele disse-me que eu queria aparecer, dentre outras coisas…
Como vi que ia tomar outras proporções o embate, eu fiquei calado. Ele por sua vez, observou ao redor e viu que eu estava sozinho com minha filha de 3 anos; começou a esbravejar alto e se digo algo podia ter entrado em luta corporal e, certamente, perderiam todos. (Eu, muito mais. Ele é bem mais novo e mais alto e certamente deve saber lutar. Só aí, ele tem três vantagens.) Confesso que avaliei a possibilidade. Todavia, ninguém entra numa guerra sabendo que vai morrer.
Depois de algum tempo, quando ele foi pagar o consumo, eu deixei claro que não reprendi o filho dele. (na verdade, ele já sabia disso).
Em suma, a vida é curta demais; e temos muita coisa útil a realizar: de maneira que não se justifica a nossa preocupação em responder a altura a todas as coisas desagradáveis que ouvimos.