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Quem é Ernesto Melo, o “Velho”?

Ernesto Melo, cantor e compositor.
Autor da música “Porto Velho, meu dengo!”

Ernesto Melo sempre diz que não é um cantor e sim um contador de estórias: “Nasci no meio musical em Porto Velho dos anos 50, precisamente em agosto de 1951, já no Território Federal. Meu pai, Esmite Bento de Melo, um pioneiro e historiador dos melhores, nos presenteava sempre com tocatas aos domingos, sob os acordes maravilhosos de Jorge Andrade, Paulo Santos, Ivo Santana e as vozes de Sabará, Humberto Amorim e o próprio  Jorge Andrade, músico completo. Em nossos fins de semana ao sabor de memoráveis pratos de tartaruga preparados pelo eterno Lili, o Liberato, ou melhor, o Môco. Tínhamos convidados da melhor qualidade, como Waldick Soriano, Adilson Ramos ou todo o time do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, quando vinha jogar na região. “Eu mesmo sou vascaíno e Sócio do Clube desde aquela época.”

Ernesto Melo é sambista. E dos bons. Escreve, toca violão, banjo e cavaquinho, tendo sido um compositor mais voltado para escrever sobre Porto Velho antigo, sua história e suas estórias, suas nuances e situações; sobre nossos personagens folclóricos e artísticos e sobre o Mocambo, em particular.

Um de seus shows denominou-se “Canta Mocambo” e foi levado a efeito em nossos maiores espaços culturais, um show essencialmente regional, contando com uma produção profissional com Direção Artística, Direção Musical, Produção, etc., onde participaram profissionais do melhor quilate como Enio Melo e Norman Johnson Jr., violão; Dadá, cavaquinho; Mávilo Melo e Carlinhos Maracanã, surdo; Bebeto, pandeiro; Zé Baixinho, Oscar, Bira Carioca, Silvio Santos e Bainha, ritmos; Babá, Sabará e Edson Melo, vozes, sob a direção do Produtor Musical, Antônio Serpa do Amaral Filho, o poeta e escritor  Basinho.

Ernesto Melo apresentou-se em outros espaços de cultura como: Casa de Cultura Ivan Marrocos, Ypiranga Esporte Clube, Ferroviário Atlético Clube, Escolas de Samba Pobres do Caiari, Diplomatas e Asfaltão, Restaurante da Ziza, Pizzaria Roda-Viva, Escolas, Praças e Clubes com o Projeto Cinco e Meia idealizado pelo Produtor Cultural Bubú Johnson. Apresentou-se, também, a pedido de amigos quando em intercâmbio musical, na Quadra do G.R.E.S. Portela e no Restaurante Roda-Viva, no Rio de Janeiro, ao lado do Bondinho do Pão de Açúcar, no show da fabulosa Elza Soares e Pedrinho da Flor.

Ernesto Melo também é conhecido no meio musical como o “Velho”, apelido carinhoso que ganhou do poeta Silvio Santos, quando ao levar o então rapaz Ernesto Melo para as rodas de samba como uma promessa, viu surgir um dos maiores compositores regionais, cantando as coisas “velhas” como se as tivesse vivido, nascendo aí o “Velho” Ernesto Melo.

 

 

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