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Quando o Brilho em Campo Não Compensa a Falta de Base

Episódio polêmico no futebol brasileiro revela como a ausência de limites e valores familiares pode comprometer até os mais promissores atletas.

“Estamos criando um monstro”, alertou um renomado treinador, após presenciar o desrespeito de um jovem jogador à autoridade técnica ainda em início de carreira.

Num episódio que chocou o meio esportivo, um dos treinadores mais respeitados do Brasil afirmou com preocupação: “Estamos criando um monstro.” A frase, dita em tom de alerta, referia-se ao comportamento de um jovem jogador que, apesar do talento inquestionável dentro das quatro linhas, dava claros sinais de descontrole emocional e falta de respeito às hierarquias do esporte. O fato ocorreu ainda no início da carreira do atleta, quando desentendimentos com a comissão técnica deixaram evidente a ausência de formação ética e disciplinar.

A cena ganhou repercussão nacional e despertou um debate necessário sobre o papel da família na construção do caráter de jovens promessas do esporte. Embora o futebol seja um ambiente competitivo e carregado de pressões, é inegável que os valores fundamentais — como respeito, humildade e empatia — são essenciais para a longevidade e integridade de qualquer carreira. Sem eles, o brilho inicial pode ser ofuscado por polêmicas e atitudes que colocam em xeque a imagem pública e profissional do atleta.

Especialistas em educação e comportamento reforçam que a base familiar é o alicerce de qualquer formação. Pais que confundem amor com permissividade, ou que terceirizam a responsabilidade de educar aos clubes e escolas, acabam permitindo o surgimento de comportamentos nocivos que se refletem mais tarde, quando os holofotes se acendem. “O jovem aprende pelo exemplo. A ausência de limites em casa se manifesta de forma ruidosa no mundo real, especialmente em ambientes onde há cobrança, hierarquia e expectativa”, afirma uma pedagoga especializada em esporte e juventude.

A educação, neste contexto, não se limita ao domínio de técnicas ou regras do jogo. Trata-se de um processo contínuo que envolve o desenvolvimento da inteligência emocional, da ética e da consciência coletiva. E é exatamente isso que transforma talentos em ídolos verdadeiros — não apenas pela performance, mas pela conduta, pela postura e pelo respeito ao próximo.

O episódio do jovem jogador, embora lamentável, serve como um espelho para muitas famílias. Mostra que, mais do que incentivar a performance esportiva, é preciso investir na formação humana. O talento pode abrir portas, mas é a educação que garante que elas permaneçam abertas.

Ao final, fica a lição: é na educação dos filhos que se refletem as virtudes dos pais. Um atleta, por mais habilidoso que seja, precisa de uma base sólida para não se perder no ego, na fama ou na vaidade. Pois o verdadeiro craque não é apenas o que encanta com a bola nos pés, mas aquele que caminha com dignidade, dentro e fora de campo.

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