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um caminho perigoso, muitas vezes fatal, é seguir ordens de maneira cega e irrefletida

A obediência burra, que ignora a realidade e se apega à formalidade, já custou incontáveis vidas ao longo da história.

O caso da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, completou 6 anos e é um exemplo brutal dessa tragédia anunciada: engenheiros atestaram a segurança da estrutura, mesmo com sinais evidentes de instabilidade, e a empresa responsável, a Vale, negligenciou riscos conhecidos. O resultado? O rompimento da barragem em 25 de janeiro de 2019, que deixou 110 mortos, 238 desaparecidos e 108 desabrigados.
É imperativo criticar esse tipo de conduta submissa e irresponsável. Quando a consciência e o pensamento crítico são suprimidos pelo medo de desobedecer ou pela conveniência de cumprir ordens sem questionamento, a tragédia se torna inevitável. O Padre Antônio Vieira, em seus sermões, já denunciava essa mentalidade servil, afirmando que “o maior pecado da obediência é obedecer cegamente.” Ele advertia contra a aceitação passiva das ordens dos poderosos, especialmente quando estas contrariam a ética e a justiça.
No caso de Brumadinho, quem assinou documentos garantindo a segurança da barragem sabia ou deveria saber que estava validando uma mentira perigosa. Mas, por conveniência, covardia ou interesses próprios, seguiram ordens burras, e o resultado foi uma catástrofe. Essa tragédia mostra que não basta cumprir ordens – é preciso ter coragem para questioná-las, principalmente quando vidas estão em jogo.

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