William Shakespeare, o maior dramaturgo da língua inglesa, imortalizou a célebre frase “Ser ou não ser, eis a questão” na peça Hamlet. Essas palavras ressoam através dos séculos, instigando reflexões sobre a existência, a moralidade e as escolhas que moldam a jornada humana.
No contexto da Maçonaria, essa indagação ganha novas camadas de significado: ser ou não ser Maçom não é apenas uma questão de pertencimento a uma Ordem, mas uma decisão que envolve princípios de amor, sabedoria e autodesenvolvimento, pilares que remetem ao legado do rei Salomão.A Maçonaria, muitas vezes envolta em mistério e simbolismo, é uma instituição filosófica e iniciática que se fundamenta na busca do conhecimento e na prática do bem. Seu alicerce está na tradição salomônica, pois, segundo a história bíblica, o rei Salomão foi símbolo de sabedoria, justiça e construção, sendo o responsável pelo Templo de Jerusalém, um marco de espiritualidade e progresso. O templo, para os maçons, não é apenas uma estrutura física, mas uma metáfora para a edificação do caráter e da moral do indivíduo.
Assim como Hamlet se vê diante de um dilema existencial, o candidato à Maçonaria precisa questionar-se sobre suas intenções e seu compromisso com os valores da fraternidade. A sabedoria de Salomão, amplamente referenciada nas Lojas Maçônicas, ensina que o verdadeiro conhecimento não está apenas na acumulação de informações, mas na aplicação justa e compassiva daquilo que se aprende. Isso ecoa no próprio pensamento shakespeariano, onde os personagens frequentemente enfrentam dilemas éticos que testam sua honra e discernimento.
Além da sabedoria, o amor é um princípio essencial na Maçonaria, e ele também pode ser encontrado nas obras de Shakespeare. O dramaturgo retrata o amor não apenas em sua dimensão romântica, mas como um compromisso com a humanidade, com a verdade e com o bem comum. Na Maçonaria, o amor fraternal une os irmãos independentemente de suas origens, promovendo a harmonia e o aperfeiçoamento coletivo.
Dessa forma, “ser ou não ser Maçom” transcende uma simples escolha de adesão. É um chamado para viver com retidão, estudar com humildade e agir com justiça. Assim como Hamlet pondera sobre o sentido da vida, o Maçom busca constantemente a luz do conhecimento, guiado pela sabedoria de Salomão e pelos ideais eternizados na literatura shakespeariana.