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FLUMINENSISTA. VIDA DE CORES, PAIXÕES E ANGÚSTIAS

Se me perguntassem antes do jogo do Fluminense contra o América mexicano ontem (23.03.11), eu daria fácil uma forma: é difícil, sem o Muricy, que ganhou o campeonato brasileiro 2010 com um time ruim e um futebol lento e burocrático, mas que deixou nestes dias o time… Porém, jamais poderemos jogar com o lateral esquerdo Júlio Cezar, que ninguém, literalmente ninguém agüenta mais, senão talvez os patrocinadores (só porque o cara foi o melhor lateral esquerdo do Brasileiro pelo Goiás em 2009, mas depois nada), sem o ator canastrão do Deco, que veio da Europa, onde brilhara com sorte e algum talento no Portugal do Filipão e foi levado ao Chelsea, não por acaso e só por sorte, pelo próprio. Mas agora não rende mais nada, senão um milionário salário que nosso time tem que pagar.
E de forma nenhuma em meu time jogaria ontem o Gum, entreguista contra o Boa Vista, da Taça Guanabara deste ano, dispensada a rima. O Valência não vale, pois sempre me perguntei o que aquele colombiano medíocre fazedor de falta e de pênalty faz no Flu. E afinal por que não pôr o He-Man desde o início, que tendo ou não bom futebol é o que tem feito os gols necessários ao time até agora, nesse ano. Essa é minha análise, se me perguntassem.
Bom, errei feio. É o futebol.

08out2013 - Aurora boreal nos Estados Unidos
Toda unanimidade é burra, a frase mais conhecida nas minhas gerações de torcedor do Fluminense, herança do interessante jornalista Nelson Rodrigues. Não sou saudosista, tampouco me apraz assumir o eterno otimismo tricolor que só v i em duas pessoas: o Selmo da Porto Flu e o periodista imortal retrocitado.
Dois caras no Tricolor das Laranjeiras que tenho olhado, gostado antes e depois aprendido a detestar, torcedor que sou: Gum e Deco. Dentre outros. E os pulhas decidiram o jogo ontem.
Bom ver que o Fred mais uma vez com sua presença foi deveras importante. Talismã. Ao contrário do Deco, que ganha igualmente àquele um salário de mais ou menos R$ 600.000,00 mensais – só não sei quem leva parte disso dentre os caras que representam o patrocinador, e que no geral nada tem sido de importante.
Contudo, naquela partida o foi. Fez só o gol mais inesperado talvez de sua carreira já, sem aquele jogo e seu gol decisivo, morta.
É que a razão nos prega peças. Também é que pouco, analistas, especialistas ou não que sejamos – e sou apenas um assistidor e palpitador, coisa que não acho pouca, enquanto torcedor –nos possamos surpreender nos resultados futebolísticos, notadamente os que nos atraem a atenção.
Perguntem a mim sobre se o Flu ganharia essa, depois de sofrer o segundo gol, igualmente ao primeiro, em dois lances de sorte pro adversário, sem mérito. Senão o de deterem o título de a segunda maior torcida do mundo, e azar pra nós, que os dois gols foram mesmo de um grande azar. Eu só consigo dizer, como torcedor, que se o He-Man estivesse como um terceiro atacante desde o início, teríamos matado o jogo no primeiro tempo. Mas aí vem o perigo da insegurança recorrente de nossa zaga, com o tal do …. Gum. E hoje o Digão, que resolveu aderir aos excrementos do setor nos últimos meses.
Afora o Deco tocar para o segundo gol, do lateral esquerdo Araújo – que de resto entrara um pouco tardiamente, já que o tal do Júlio Cezar havia se mostrado insuportável – nada havia de novo no reino da Dinamarca, parafraseando o poeta inglês. E o Deco fazer depois o inesperado gol do Time de Guerreiro, aos 42, foi mesmo qualquer coisa.
Assim, a única conclusão é a de que seguirei quase forçado vendo os jogos nestes tempos. Já tinha me acostumado à minha necessidade velha e premente de me isolar pra escrever. Afinal de contas a angústia acompanha a criação, que ando tencionando fazer aflorar. O Flu é que até agora não deixou.

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